segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ÁGUA MINERAL IBIRÁ A MAIS SAUDÁVEL

Você sabia?
Um copo de água corta a sensação de fome durante a noite para quase 100% das pessoas em regime.
É o que mostra um estudo na Universidade de Washington. Falta de água é o fator nº1 da causa de fadiga durante o dia. Estudos preliminares indicam que de 8 a 10 copos de água por dia poderia aliviar significativamente as dores nas costas e nas juntas em 80% das pessoas que sofrem desses males.
Uma mera redução de 2% da água no corpo humano pode provocar incoerência em focalizar uma tela de computador ou uma página impressa. Beber 5 copos de água por dia diminui o risco de câncer no cólon em 45%, pode diminuir o risco de câncer de mama em 79% e em 50% a probabilidade de se desenvolver câncer na bexiga. Você está tomando a quantidade de água que você deveria todos os dias?

ÁGUA MINERAL, NEM TODAS SÃO IGUAIS

ÁGUA IBIRÁ COMPOSIÇÃO QUÍMICA PROVÁVEL (mg/L)
Estrôncio
(0,023)
Sulfatos
(43,43)
Cálcio
(0,42)
Carbonatos
(96,07)
Potássio
(0,28)
Cloretos
(2,96)
Sódio
(96,43)
Fluoretos
(0,55)
Magnésio
(0,01)
Nitratos
(0,16)
Vanádio
(0,05)
Boratos
(0,107)


CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS

pH a 25º: 10,26

Temperatura da Água na fonte: 25,1ºC
Condutividade Elétrica a 25ºC 4,05 x 10-4 mhos/cm
Resíduo de Evaporação a 180ºC calculado: 274,35 (mg/L)
Classificação :  Água Mineral Alcalino Bicarbonatada Fluoretada Vanádica
Reg MS n° 5.0078.0003.001-4 
Empresa de Mineração alvará n°15 de 06/01/70
Portaria de Lavra n°1262 de 06/09/82

Águas vanádicas de Ibirá
Ibirá é um dos 11 municípios paulistas considerados estâncias hidrominerais pelo Estado de São Paulo.

Na saída de São Paulo, é opcional a Rodovia dos Bandeirantes ou Anhangüera.
Em Limeira, entrar na Rod.Wasinghton Luís seguir sentido São José do Rio Preto e Catanduva, após cidade de Catiguá você encontrará o trevo de Termas de Ibirá (Km 402).
A população de Ibirá, pelo Censo 2000, é de 9.444 habitantes; a distância de São Paulo é de 416 quilômetros. A economia da cidade tem base no setor agropecuário, principalmente cana-de-açúcar, laranja, goiaba, manga, pecuária leiteira e de corte. A cidade também tem sorveterias, fábricas de móveis e artesanato.

Nem todas as pessoas conhecem o valor das águas termais de Ibirá, completas por sua composição. Além de uma ótima opção de turismo.

História 
Recortada pelos afluentes do rio Cubatão "córregos das Bicas, Mococa, Pouso Alegre e Taperão", a cidade de Ibirá tem as suas origens nas terras doadas por D. Pedro II a Antônio Bernardino Seixas e seu filhos, João e José Bernardino Seixas, que, por volta de 1878, acamparam a beira do córrego das Bicas, onde se localiza hoje o distrito de Termas de Ibirá. Teve como primeira denominação, Freguesia da Cachoeira, posteriormente Freguesia de Ibirá. Em 12 de dezembro de 1921, elevou-se a categoria de município, sendo solenemente instalado em 22 de março de 1922. Ibirá passou a ser considerado estância hidromineral em dezembro de 1942.
A denominação "Ibirá", é originária da língua tupi-guarani (IBIR) e traduz-se como "fibra" ou "imbira", retirada da casca de certas árvores, abundantes no território, que os índios utilizavam para tecer seus utensílios.


A cura através das águas vanádicas, começaram com os índios, por volta de 1770, que curavam suas doenças banhando-se nelas. Hoje, é comprovado que o vanádio é um sal que diminui o teor de colesterol no sangue. Só há um outro balneário no mundo com águas vanádicas: Vichy, na França. Outras fontes de Ibirá " alcalinas, bicarbonatadas e sulfurosas " também são recomendadas para pele, estômago, rins e reumatismo.
A área turística do município se concentra no bairro Termas de Ibirá, que possui balneário, fontes de água medicinal, bosque, lagos, piscina, quiosques, rede hoteleira, restaurante, além de pequeno comércio. A sauna no balneário funciona de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h, e nos fins de semana, das 9h às 17 horas. 


BALNEÁRIO
O balneário localiza-se em termas de Ibirá que tem uma área de 14 alqueires, com os seguintes locais para lazer: 3 piscinas, 2 lagos  para lazer e um ao lado oposto que servirá futuramente para pesca; 1 área de camping arborizada com 150 mudas recém plantadas; 1 bosque com quiosques, churrasqueiras e água mineral encanada; 1campo semi- profissional  para futebol; 03 lanchonetes; 6 fontes e um balneário com: 1 ala de dermatologia e duas alas sendo que ambas possuem (saunas seca e a vapor, ducha escocesa e circular, turbilhão, vestuários, banheira), massagem podologia e reflexologia podal, limpeza de pele facial e ainda bar, bilheteria, boutique, consultório médico(temporariamente desativado), anfiteatro, salas de diretoria e contabilidade, dois salões de lazer; uma quadra de vôlei de areia; um parque infantil e um estacionamento.

Aberto ao publico nos seguintes horários:
Segunda feira: 18hrs as 21hrs
Terça-feira a sexta feira: 09hrs as 12hrs e 18hrs as 21hrs
Sábados, domingos e feriados: 9hrs as 18hrs
As piscinas funcionam todos os dias das 9hrs as 18hrs.
O caixa para venda dos ingressos fecha meia hora antes do horário de fechamento dos banhos e saunas.
          Pelo parque do Balneário, você pode caminhar contemplando a bela paisagem,  pescar nos lagos, sentar-se á beira do riacho, observar a natureza das árvores, enfim, se renovar em energia positiva, acreditar na força da terra, da natureza, tendo a certeza que você é parte dela e como tal, deve se valorizar.

O parque das águas compõem-se de uma vasta área verde, com árvores frondosas, quiosques, campos de futebol, dois lagos, cinco fontes sendo elas – Ademar de Barros - Saracura – Carlos Gomes – Seixas – Jorrante, três piscinas (uma infantil, uma olímpica e uma com toboaguas), lanchonetes, uma mini-loja para presentes e o Balneário que oferece saunas, duchas, banho de imersão, massagens além de uma área para descanso.



FONTES DE ÁGUA
          VANÁDICA – SULFATADA – ALCALINA E BICARBONATADA – são usadas nos banhos de imersão simples ou com sais.





FONTE SARACURA

Apropriada para estômago, fígado, intestinos, colesterol, ésteres, dermatites alérgicas;








FONTE SEIXAS:
Rins, bexiga, reumatismo, estômago, colesterol, ésteres, diabetes.










FONTE JORRANTE:

Dermatites alérgicas ou não, estômago, rins, intestinos, reumatismo, diabete, colesterol e ésteres.





FONTE CARLOS GOMES:
Dermatites alérgicas ou não,
rins, fígado, intestinos,   colesterol,  ésteres e diabetes

TERMAS DE IBIRÁ
“Banhos de imersão a 37ºC dão a sensação imediata de pele ensaboada e, com a repetição, levam ao ressecamento cutâneo e à descamação”, explica o dermatologista. Com o tempo, segundo ele, as camadas de pele sobre as feridas pelo corpo, típicas da psoríase, desaparecem. O especialista cita outros benefícios da água termal de Ibirá, como o tratamento da diabetes e do colesterol alto. “Como a água ajuda no metabolismo, devido à presença do vanádio, colabora no combate a essas doenças, embora não substitua a medicamento convencional.” 

Conforme o médico, o líquido ainda auxilia no tratamento de cálculo renal. “Como é leve, a água pode ser ingerida em grande quantidade, o que ajuda a dissolver as pedras.” O diretor do Centro Brasileiro de Psoríase, Cid Sabbag, também confirma a eficiência das águas termais no tratamento complementar de psoríase. “É eficaz por ter propriedades anti-inflamatórias, embora seja um tratamento complementar, paralelo à medicação convencional.” 

Imersão 
Devido a essas propriedades terapêuticas, o foco do balneário é o tradicional banho de imersão nas águas vanádicas, que, segundo a administração do local, proporciona grande bem-estar. “Ela tem poder cicatrizante, antioxidante, antialérgico e relaxante”, diz a consultora do balneário, Alline Guerra. 

Com aproximadamente 1.000 habitantes, o Distrito de Termas de Ibirá fica a cinco quilômetros da cidade, que integra o circuito das águas.
Benefícios do termalismo
*João Roberto Antonio
A importância das águas minerais, aqui no Brasil, está sendo esquecida e desprezada pelas autoridades políticas e médicas.
E o contrário do que ocorre em países mais evoluídos que cada vez mais valorizam suas águas, como a França e Itália, fazendo pesquisas científicas sobre o assunto e levando as pessoas a cada vez mais fazer uso delas com resultados surpreendentes.
Em nosso meio, praticamente inexistem estudos científicos que permitam avaliar o uso das águas minerais em medicina humana.
Graças a uma pesquisa inédita por mim coordenada junto à equipe da Faculdade de Medicina de Rio Preto, que demonstrou a importância da crenoterapia (tratamento com águas minerais) na região de Rio Preto, fui convidado a proferir duas palestras em setembro, no Congresso Internacional de Termalismo, em Poços de Caldas.
Tive a oportunidade também, de conhecer o Balneário da La Roche Posay, na França, por ocasião do Congresso Mundial de Dermatologia em Paris, em julho passado.
Em ambas as ocasiões pude analisar melhor e discutir os diversos aspectos dos tratamentos com as águas termais e as vantagens de sua utilização nas áreas de saúde, lazer, turismo e economia.
Com isso, amadureci várias conclusões a respeito do que temos em nossa região. Em Termas de Ibirá, encontram-se águas minerais da melhor qualidade em suas quatro fontes: Sara-Cura, Carlos Gomes, Seixas e Jorrante.
Em todas é possível encontrar minerais como vanádio, enxofre, flúor, potássio, bicarbonatos, entre outros. Essas águas, oferecidas pela terra, são completas. Enquanto outras têm apenas alguns desses ele mentos, as de Termas do Ibirá reúnem todos os minerais em sua com posição. Têm sabor e odor característico e leveza para o uso diário.
Os banhos de imersão dão a sensação imediata “de pele lubrificada ou ensaboada” e, com a repetição, levam ao ressecamento cutâneo e descamação. Sem falar que promovem sensação de relaxamento muscular e sonolência.
A ação medicinal das águas da estância hidromineral de Ibirá, a 45 km de Rio Preto e 410 km da capital paulista, já era conhecida desde a época em que os fazendeiros conduziam por ali seus rebanhos. Percebiam que, ao ingerir ou se banhar com as águas dos lagos, os animais se revigoravam e até se curavam de algumas doenças internas e da pele.
Foi assim que as pessoas começaram a fazer o uso das águas minerais para tratamento. Daí, surgiu o interesse da Secretaria de Saúde do Estado e da Prefeitura de Ibirá em patrocinar a pesquisa científica das águas do Parque Balneário “Evaristo Mendes Seixas”, em parceria com a disciplina de Dermatologia da Famerp.
A pesquisa que teve início em janeiro de 1990 foi concluída depois de três anos de intensos estudos, em dezembro de 1992, com excelentes resultados.
Na coordenação do trabalho segui princípios rígidos de protocolo científico, visando ao estudo das qualidades terapêuticas das águas termais. Além disso, prestou-se orientação aos usuários/ pacientes quanto à importância da utilidade, indicação e contra-indicações das águas termais.
O exame médico (gratuito) tornou-se obrigatório às pessoas interessadas em banhos e sauna do balneário. Foi implantado um ambulatório de assistência médica, para o atendimento infantil e de adultos.
Durante o período do estudo foram realizados 5.932 atendimentos diversos e 3.749 consultas dermatológicas.
Cinqüenta pacientes, portadores de dermatoses crônicas e não contagiosas, aceitaram cumprir o protocolo de crenoterapia e desses, 28, eram portadores de psoríase (doença crônica da pele, com lesões avermelhadas e descamativas).
Quinze apresentavam diversos tipos de eczema (reação alérgica da pele muitas vezes crônica e acompanhada de coceira) e outras doenças de pele.
Um percentual de 57,14% dos portadores de psoríase e em torno de 50% dos portadores de eczemas crônicos obtiveram grandes melhoras. No Brasil, até o momento, esse é o único trabalho cientificamente orientado para a avaliação terapêutica de águas minerais.
Do número de visitantes, um percentual significativo são de portadores de doenças cutâneas seguidos das metabólicas e de pessoas acima de 65 anos de idade, segundo a OMS.
Devido ao aumento da expectativa de vida, esse fato gera um potencial turístico imenso, uma vez que se estima haver até 2020 um contingente de 17 milhões de ido sos no Brasil.
Estâncias são ambientes agradáveis e muito favoráveis para integrar de forma dinâmica o corpo e a mente. Investir mais na qualidade do atendimento desse setor é possibilitar ganhos a todos. Dos mais jovens, que contribuiriam com a mão-de-obra, aos mais idosos, da chamada terceira idade, que pode riam contar com mais uma opção para a manutenção de sua saúde.
E as próprias estâncias balneárias seriam beneficiadas pelo desenvolvimento e acréscimo de turismo gerado. O que certamente irá favorecer economicamente toda a região na qual se localiza.


*João Roberto Antonio
Professor e doutor de Dermatologia da Faculdade Estadual de Medicina de Rio Preto
E-mail: dr.joao@centrodapele.com.br
Fonte: Jornal Diário da Região


segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Bordeaux and Burgundy





Sancerre, Domaine Auchere




Sancerre

Alsácia
Apesar de ser menos famosa, Bordeaux e Borgonha, os vinhedos da Alsácia estão entre os mais antigos da França.
Tipos de Vinho:
Gewurtztraminer, Muscat, Pinot Blanc, Pinot Gris, Pinot Noir, Riesling, Syrah

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Médoc

Wine Regions in Bordeaux

Wine in Bordeaux
When referring to wine you often hear the experts refer to a particular wine region as a terroir.  This refers to a particularly wonderful combination of one or more vine varieties, a specific microclimate and soil type, and the correct wine processing for these elements.
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Médoc and Graves

Médoc and Graves
This terroir is composed of stoney and gravely soils, typically described as masculine and complex.  The area includes the Baronne's left Bank, which covers a narrow 150 m long band of excellent vineyard soil, composed of gravel and stones carried by the river from the Pyrenees Mountains.  This is the ideal spot for Cabernet Sauvignon, and even boasts Crus Classés that are valued like works of fine art.

Saint-Emilion and Pomerol

Saint-Emilion and Pomerol
Covering the area around Libourne, this terroir includes the AOC's from he Dordogne's Right bank.  Featuring soil of clay and limestone with bands of pure porous limestone, it receives good sunshine.  The result is both Merlot and Cabernet Sauvignon do very well here.  In certain Appellations of the area Merlot can constitute 80% of the planted surface area due to its exuberance.  Definitely of the best Merlots in the world, and typical of this terroir.  
Wine in Bordeaux
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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Renascença

Estilo, com  Renascença 

Rosas Renoir

Renoir
SUSPIRAM as rosas
e surpreendidas e assustadas
esconderam-se nos seus veludos.
Não eram borboletas!
Nem rouxinóis!
Não eram pavões que passavam pelo jardim.
De um céu ruidoso
caíam essas grandes asas luminosas e inquietas.
Relâmpagos azuis voavam entre os canteiros,
retalhando os lagos.
Tremiam veludos e sedas,
e o pólen delicado,


na noite violenta,
alta demais,
despedaçada,
despedaçante.

Ah, como era impossível
suster a forma das rosas!
Cecília Meireles

terça-feira, 4 de maio de 2010

La Bourgogne: CÔTE DE NUITS





Para muitos amantes dos borgonhas, Côte de Nuits produz os vinhos tintos mais elegantes da região. Quase todos os grands crus tintos localizam-se aqui, nas terras centrais da Borgonha, encravados entre as imponentes propriedades monásticas que no passado dominaram suas colinas voltadas para o oriente. Em nenhuma outra parte do mundo a Pinot Noir desenvolve complexidade e elegância tão pungentes. Seus delicados aromas de frutas vermelhas combinam com uma estrutura firme que permite a um vinho bem elaborado envelhecer por décadas, desenvolvendo cada vez mais sabores e aromas. Os borgonheses insistem que a grandeza de seus vinhos provém muito mais do solo do que da uva, que a Pinot Noir é meramente um veículo para que os solos ricos em minerais de calcário de Côte de Nuits encontrem sua expressão mais brilhante.
Os vinhedos começam ao sul de Dijon, elevando-se das planícies até as encostas renomadas de orientação leste de Côte d'Or. A AOC Côte de Nuits é utilizada principalmente pelas comunas do planalto atrás das colinas, onde o clima mais frio dificulta o amadurecimento das uvas.


Borgonha: muito alem do vinho
Internacionalmente famosa por seus vinhos, a região da 
Bourgogne (Borgonha), na França, é coberta de vinhedos, além de possuir lagos, florestas e construções arquitetônicas consideradas Patrimônio Histórico.
Ela tem uma centenária rede de canais, e muitos turistas podem conhecer a regiãonavegando lentamente num barco. Outra opção é voar sobre a região a bordo de um balão. A vista espetacular das dezenas de castelos medievais e dos vinhedos vale a pena.
Várias cidades da Borgonha têm aquele ritmo de cidade do interior, e seus habitantes são um ponto turístico a mais. Os mais aventureiros podem também escalar o Monte Beuvray.
Esta comuna é mais conhecida pelo Clos de Vougeot, um grand cru de ampla dimensão que se estende da estrada principal até o famosochâteau. Por causa do seu tamanho e dos solos variados, o terreno produz vinhos que variam de comuns a magníficos. Os melhores viticultores são o Château de la Tour e os domaines Anne Gros, Denis Mortet, Jean Grivor e Méo-Camuzet.
A divisa entre Morey-St-Denis e Chambolle-Musigny é tão sutil que as duas comunas dividem o grand cru Bonnes Mares. Chambolle-Musigny produz os vinhos mais elegantes de Côte de Nuits. Eles são aromáticos, delicados e têm boa guarda. O outro terreno grand cru, Le Musigny, é um dos mais valorizados da Borgonha


DOMAINE FRANÇOIS RAVENEAU
Raveneau tem apenas 8 ha de vinhedos, mas todos são premiers ougrands crus. Os vinhos são fermentados em tanques, mas uma parte amadurece em madeira antiga. Antes do engarrafamento, diferentes lotes do mesmo vinho são mesclados para garantir a regularidade de seu equilíbrio. O resultado é um Chablis clássico: mineral e até austero quando jovem, ele evolui e desenvolve uma complexidade rica, com toque de nozes. O Les Clos é geralmente o mais refinado e longevo dos vinhos, mas a produção é limitada e a demanda, alta. 



A elaboração do Borgonha tinto exige muita atenção e delicadeza.
O clima da região é fresco, muito instável de um ano para outro, e o amadurecimento das uvas é sempre imprevisível. Um bom amadurecimento depende do tempo e do local.
As uvas que chegam às cantinas são esmagadas antes de ser desengaçadas, mas essa tradição tende a desaparecer, e hoje em dia a vindima já chega sem o engaço. Os adeptos da antiga escola afirmam que os pedúnculos contribuem para romper a massa da polpa da uva na fermentação e colaboram com uma adição de tanino, dando mais caráter ao vinho.
As temperaturas frescas do outono também afetam a fermentação, se bem que a introdução de sistemas de controle do aquecimento do mosto tenha amenizado esse incoveniente.
As adegas frias contribuem para a lentidão e a suavidade da maturação. Alguns Borgonhas não passam por nenhuma filtragem porque, assim, o vinho adquire complexidade ( se tiver o potencial para isso), o que explica a presença de muitos depósitos na garrafa.


A Borgonha é o reino dos pequenos proprietários. Diferentemente de Bordeaux, ali as grandes propriedades são poucas e o termo châteaunão tem o sentido de propriedade vitivinícola que cultiva a videira e elabora o vinho. Foram os negociantes (e não os viticultores) que fizeram a reputação da Borgonha. Para garantir a vinificação, eles compram uvas dos inúmeros viticultores ou mesmo o vinho novo, para envelhecê-lo e engarrafá-lo com sua própria marca. Embora o papel de alguns negociantes se limite a isso, são muitos os que possuem os próprios vinhedos. Entretanto, desde os anos 1970 surgiu entre os produtores a tendência de engarrafar seus vinhos. Nesse caso, a menção "mis en bouteille à la propriété" ou " au domaine" figura no rótulo. Uma das vantagens do antigo sistema é que o negociante pode comprar e fazer o corte de uma quantidade de vinho suficiente para oferecer uma grande produção equilibrada de uma mesma denominação.
Os Borgonhas dos negociantes são criticados por ter menos caráter do que dos viticultores. Certas maisons da Borgonha são criticadas pela mediocridade de suas cuvées. Os negociantes também são recriminados por acabar com a individualidade dos vilarejos e doscrus transformando-os num estilo maison, sem vícios nem virtudes. Na verdade, essas críticas são às vezes descabidas e, neste início do século XXI, a "fronteira" não é entre viticultores e negociantes, e sim entre bons e maus vinhos.

sábado, 1 de maio de 2010

Jardins, Amores

Monet

jardins de monet
Por uns caminhos extravagantes, 



irei ao encontro desses amores 

- por que suspiro e distantes. 

Rejeito os vossos, que sao de flores. 
Eu quero as vagas, quero os espinhos 
e as tempestades, Senhores. 

Sou de ciganos e de adivinhos. 
Nao me conforto com os circunstantes 
e a cor dos vossos caminhos. 

Ide com os zoilos e os sicofantes. 
Mas respeitai vossos adversarios, 
que nem querem ser triunfantes. 

Vou com sonambulos e corsarios, 
poetas, astrologos, e a torrente 
dos mendigos perdularios. 

E cantamos fantasticamente, 
pelos caminhos extravagantes, 
para Deus, nosso parente. 

Cecilia Meireles 

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Rosé de Provence

Procuramos muitas coisas no vinho. E felizmente é raro nos decepcionarmos. Há quem busque se inebriar, pura e simplesmente. Há quem deseje aroma e sabor. Outros estão em busca de história. E há aquele, pobrecito, atrás de status. Interessam-me, sem desprezar aroma, sabor e história, três outras coisas: originalidade, ousadia e autenticidade. A fuga da monotonia, enfim.

A autenticidade me veio esta semana através dos deliciosos rosés da Provence. O Conselho Interprofissional de Vinhos de Provence (CIVP) lança um website (www.vinhosdeprovence.com.br) direcionado ao mercado brasileiro e traz um sistema de busca e localização de mais de 70 vinícolas presentes ou interessadas no Brasil. Há descrição de vinhedos e fichas de vinhos, e também uma relação de mais 20 importadoras que já comercializam vinhos provençais por aqui. Uma ferramenta excelente e um exemplo para outras regiões produtoras no mundo.
O Brasil é um mercado óbvio para o rosé da Provence. Tipicamente um vinho seco e leve, de cor clara e límpida, em tons de salmão, pêssego ou cor de casca de cebola, com aromas delicados, frutados e florais, o rosé de Provence, seja como aperitivo de verão ou harmonizando com a comida, é uma opção extremamente versátil.
Além dos pratos da culinária provençal, como ratatouille, bouillabaisse, salada niçoise, este rosé é solução para o acompanhamento de delícias brasileiras, mexicanas e até orientais. Tente uma moqueca baiana ou um cuscuz marroquino. Pratos bem temperados, em geral. Mesmo receitas chinesas e thay têm muito a ganhar com este encontro. Eu gosto muito com pizza.
Estes rosés são vinhos que respeitam a comida. Não se impõem, antes acrescentam algo. São espontâneos, refrescantes, naturais e verdadeiros. Seu estilo único se deve em grande parte a seu método tradicional de elaboração. Diferentemente do processo de sangria, usado no resto do mundo, que gera vinhos mais encorpados, de cor mais intensa e algumas vezes um pouco cansativos, na Provence a maceração é bem mais curta. O que garante a cor, a delicadeza e o equilíbrio.
Rosé de Provence Campo PGA Gama
Esta gama está disponível em três denominações: o Coteaux d'Aix en Provence Coteaux Varois e Côtes de Provence.A vontade de Campo PGA que queriam legitimar a palavra "Rosa de Provença.Mas cuidado, esta descrição não corresponde a um COA.Preço: 3,40-3,60 €Características: Cotes de Provence.

Onde comprar: Auchan, Champion e lojas de conveniência do Grupo Carrefour: 8 à Huit, Marché Plus, Loja, Proxi.

Rosé de Provence
Construído no inicio do século XVIII, o Château de Pourcieux pertence, desde sua origem, à família do Marquês d’Espagnet, e o local sempre foi a sede de importante exploração vinícola. Seu vinhedo atual, notavelmente exposto sobre as encostas sul, em solos argilo-calcáreos e arenosos, é composto pelas principais castas de Denominação de Origem Controlada da Provence: syrah, grenache, cinsault, assim como cabernet-sauvignon, rolle e mourvèdre. Ele se estende atualmente sobre cerca 30 hectares. 
Enquadrado por dois maciços montanhosos renomados: os montes Auréliens e a montanha Sainte Victoire, cara ao pintor Cézanne, nosso terroir se beneficia de condições geológicas e climáticas privilegiadas e reconhecidas que lhe permitiram o acesso em 2005 à classificação em Appellation Côtes de Provence – Sainte Victoire.